Ladybird

Joaninha: nome vulgar extensivo a alguns pequenos insectos coleópteros, também denominados boas-novas

segunda-feira, setembro 25, 2006

Aulas de Filosofia absolutamente extraordinárias

Prólogo

Como o professor explicou, pedagogia provem do grego (paidagogia) e é a arte de dar a conhecer a cada um o seu ser, fazendo-o definir os seus fins e tornando-o capaz de os realizar. Numa sala de aula cada aluno, bem como professores ou qualquer outro ser (por exemplo as moscas), tem um lugar pedagógico, isto é, um lugar onde se poderá conhecer com o máximo de sucesso possível. Estava eu a discutir pedagogia com os meus “vizinhos pedagógicos”, quando o professor (que pelos vistas estava há algum tempo à espera do nosso silêncio) nos perguntou, muito serenamente:

- O que se passa aí?

Apanhados de surpresa voltámos rapidamente aos nossos lugares e murmurámos “Nada, nada…", ao que o professor, verdadeiramente confuso, respondeu:

- “Nada?!” Bem, eu ouvi-vos a falar… caros alunos, estou impressionado, tenho a certeza que terão todo o prazer em me fazerem uma composição filosófica a explicarem-me “o som do nada”

O som do nada

O que é o som? E o que é o nada? Partindo do principio que o som é a existência de qualquer tipo de ruído e o nada a ausência de coisas, chegamos rapidamente a conclusão de que para o nada ter som, ou o som não é considerado uma coisa ou o nada é um ruído.

O som é produzido por vibrações mecânicas com determinada frequência e as vibrações são o movimento rápido de moléculas de um corpo sonoro. Concluímos então que o som, para alem de ser uma coisa, é produzido por coisas, o que anula a primeira hipétese. Resta-nos a segunda.

Será o nada um ruído? O nada é a ausencia de coisas, é verdade. Pode também ser considerado a ausencia de ser. O nada é nada… mas para ser nada significa que até o nada é alguma coisa. Então se o nada é uma coisa, qual a melhor forma de o definirmos senão como “o ruído daquilo que poderiamos ter sido, daquilo que poderiamos ter feito, mas que pela falta de coragem ou vontade não fizemos"?

Já que nos é impossível ser nada porque mesmo como nada seríamos ruído… sejamos então ao menos som, no verdadeiro sentido da palavra. Porque não somos feitos para produzir pequenos gemidos de dor, temos sim o dever de usar toda a nossa força para vibrar e fazer vibrar… sim porque no fundo, o ser é musica, e é musica que devemos ser.

4 Comments:

At 10:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

a 1ª a cumentar!lol =)
hummmm ... as minhas aulas de filosofia eram mais sobre a "vida televisiva da prof com os filhos: PF nao vejam morangos com axuçar soxinhos!" Po acaso já teno saudades...

xte post é diferent d tdx os otos!!
som do nada ... humm =)
(hj n tou mt inxpirada ...sorry)

bjx e te amh

 
At 1:10 da manhã, Blogger *Juaninha* said...

o texto ta mt bem escrito!! eu ca nao fazia nada nem parecido loool
bjs

 
At 1:35 da tarde, Blogger Unknown said...

Bem... o teu prof de filosofia ainda consegue ser pior que a minha! :P


Acho que se me mandassem escrever uma composição filosófica sobre isso ficava em branco!!!!

 
At 10:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bela explicação filosófica =P Devias fazer uma tese ehe

 

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